A morte do athleta By: António Duarte Gomes Leal (1848-1921)
"A morte do athleta" by António Duarte Gomes Leal is a powerful and moving tale of the tragic death of a young athlete. The author's rich and evocative descriptions draw the reader into the world of the protagonist, allowing us to feel his struggles and triumphs as if they were our own. Leal's writing is poetic and poignant, capturing the raw emotions of loss and grief with sensitivity and depth. The story unfolds in a series of flashbacks, painting a vivid picture of the athlete's life and the events leading up to his untimely demise. Through these memories, we come to understand the character on a deeper level, exploring his dreams, fears, and innermost thoughts. Leal's exploration of themes such as mortality, ambition, and the pursuit of greatness is both thought-provoking and poignant, prompting readers to contemplate their own values and priorities. Overall, "A morte do athleta" is a thought-provoking and emotionally resonant read that delves into the complexities of life and death. Leal's lyrical prose and heartfelt storytelling make this a book that will stay with readers long after they have turned the final page. First Page: Gomes Leal A MORTE DO ATHLETA PORTO Typ. de A. J. da Silva Teixeira 1883 GOMES LEAL A MORTE DO ATHLETA PORTO TYP. DE A. J. DA SILVA TEIXEIRA Rua da Cancella Velha, 62 1883 A ADOLPHO COELHO A MORTE DO ATHLETA Ó heroes! ó hereos! athletas extrangeiros! viajantes que andaes á busca d'uma flor mysteriosa e ideal, energicos mineiros, sublimes corações que só sonhaes d'amor, vós talvez morrereis da morte dos guerreiros um dia, ao pôr do sol, como este gladiador. Vós talvez morrereis longe da patria um dia, longe do amigo ceu que vistes á nascença, longe do parreiral, da arvore sombria, longe dos laranjaes sob que se ama e pensa, sob uma rocha nua, ou n'uma praia fria, longe do vosso deus, longe da vossa crença. E então erguendo as mãos, como n'um sonho ardente, como um vencido, e olhando o Egoismo, a Ingratidão, sentido vos morrer, inevitavelmente, lembrando a vossa aldeia, a infancia, a multidão, talvez vos confesseis, amarguradamente, que não achastes nunca, oh! nunca, um coração! Feliz inda comtudo o espirito poeta! que n'este desabar d'um mundo egoista e molle, tendo perdido o Amor, a pérola secreta, os astros dos seu ceu, e um peito que o console, poder inda expirar, assim como um athleta, aos pés do seu Ideal, voltado para o sol... Continue reading book >>

A morte do athleta By: António Duarte Gomes Leal (1848-1921)

"A morte do athleta" by António Duarte Gomes Leal is a powerful and moving tale of the tragic death of a young athlete. The author's rich and evocative descriptions draw the reader into the world of the protagonist, allowing us to feel his struggles and triumphs as if they were our own. Leal's writing is poetic and poignant, capturing the raw emotions of loss and grief with sensitivity and depth.

The story unfolds in a series of flashbacks, painting a vivid picture of the athlete's life and the events leading up to his untimely demise. Through these memories, we come to understand the character on a deeper level, exploring his dreams, fears, and innermost thoughts. Leal's exploration of themes such as mortality, ambition, and the pursuit of greatness is both thought-provoking and poignant, prompting readers to contemplate their own values and priorities.

Overall, "A morte do athleta" is a thought-provoking and emotionally resonant read that delves into the complexities of life and death. Leal's lyrical prose and heartfelt storytelling make this a book that will stay with readers long after they have turned the final page.

First Page:

Gomes Leal

A MORTE DO ATHLETA

PORTO Typ. de A. J. da Silva Teixeira

1883

GOMES LEAL

MORTE DO ATHLETA

PORTO TYP. DE A. J. DA SILVA TEIXEIRA Rua da Cancella Velha, 62

1883

ADOLPHO COELHO

A MORTE DO ATHLETA

Ó heroes! ó hereos! athletas extrangeiros! viajantes que andaes á busca d'uma flor mysteriosa e ideal, energicos mineiros, sublimes corações que só sonhaes d'amor, vós talvez morrereis da morte dos guerreiros um dia, ao pôr do sol, como este gladiador.

Vós talvez morrereis longe da patria um dia, longe do amigo ceu que vistes á nascença, longe do parreiral, da arvore sombria, longe dos laranjaes sob que se ama e pensa, sob uma rocha nua, ou n'uma praia fria, longe do vosso deus, longe da vossa crença.

E então erguendo as mãos, como n'um sonho ardente, como um vencido, e olhando o Egoismo, a Ingratidão, sentido vos morrer, inevitavelmente, lembrando a vossa aldeia, a infancia, a multidão, talvez vos confesseis, amarguradamente, que não achastes nunca, oh! nunca, um coração!

Feliz inda comtudo o espirito poeta! que n'este desabar d'um mundo egoista e molle, tendo perdido o Amor, a pérola secreta, os astros dos seu ceu, e um peito que o console, poder inda expirar, assim como um athleta, aos pés do seu Ideal, voltado para o sol... Continue reading book >>

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